Você sabe qual o tipo de manicure ideal para você?
“Uma mulher com as unhas impecáveis não quer guerra com ninguém”. Você certamente já ouviu essa frase ou leu algo semelhante nas redes sociais. A brincadeira é bastante comum logo após a mulherada passar por uma sessão de manicure. É possível que você mesma já tenha falado ou pensado isso em algum momento. Mas, qual é o ‘preço’ que você paga para ter as suas unhas bonitas? Não falo de valor monetário, mas sobre a saúde e integridade das suas unhas naturais. Já parou para pensar sobre isso?
Olga Radionova
Atualmente, existem cinco tipos de manicure: aquela em que não há remoção da cutícula, a manicure em que a cutícula é removida com o uso de produtos químicos, a manicure com remoção da cutícula por corte, a manicure combinada (corte + aparelho) e, por fim, a manicure feita 100% com aparelho.
Entre todas essas versões disponíveis no momento, a menos invasiva e a mais adequada do ponto de vista da saúde é a manicure em que não há a remoção da cutícula. Você provavelmente já ouviu muitos médicos e dermatologistas falando que a cutícula funciona como um selo protetor, que ao ser removido abre caminho para a entrada de microrganismos que podem causar danos à saúde. Fungos e bactérias podem invadir a pele lesada pelo alicate e se alojar entre as lâminas da unha ou abaixo dela.
No entanto, mesmo sabendo disso, a maioria das mulheres dá preferência aos tipos de manicure que entregam como resultado o embelezamento das unhas. Neste caso, passam por procedimentos em que a remoção das cutículas pode ser realizada de diversas formas. A maneira é, muitas vezes, escolhida pela própria profissional de manicure, que opta pelo tipo de remoção com a qual se adapta melhor e, por vezes, com a opção de menor custo, visto que são as próprias manicures que arcam com a compra dos insumos utilizados no trabalho.
No caso da remoção química, o uso de cremes e líquidos conhecidos como “removedores” são aplicados sobre a cutícula e, depois de alguns segundos, desprendem o tecido com o auxílio de uma espátula. O que pode parecer uma ótima e prática opção, é na verdade uma técnica muito perigosa devido à composição altamente agressiva desses produtos, que frequentemente causam graves alergias e enfraquecem as unhas.
Já na manicure por corte, quem entra em ação é o alicate. Mesmo as manicures que manuseiam esse instrumento com extrema habilidade, dificilmente deixam de tirar alguns “bifes” de suas clientes. Além da dor, outro problema da técnica por corte é a necessidade de umedecer os dedos. Essa prática traz consequências indesejadas. Isso, porque o ambiente úmido favorece a proliferação de doenças, a esmaltação é feita sobre a placa ungueal dilatada e, como os tecidos ficam encharcados, inviabilizam que a profissional enxergue detalhes com precisão, o que aumenta o risco de lesões.
Na sequência, temos a técnica combinada, que surgiu junto com os primeiros aparelhos elétricos voltados à manicure. As profissionais começaram a substituir algumas etapas da manicure de corte pelo uso do aparelho, criando uma técnica transitória, com avanços para as clientes, porém ainda dependente da tesoura para a remoção da cutícula.
Por fim, na manicure feita 100% com o aparelho, a cutícula é processada por microdermoabrasão, ou seja, é feita uma leve esfoliação da cutícula por meio da ação de fresas especiais, produzidas com materiais nobres e com diferentes funções e níveis diferentes de abrasividade.
De todos os tipos de manicure que existem hoje em dia, a técnica realizada 100% com aparelho é a mais segura. Inclusive, essa é a escolha no método russo original de cuidados com as unhas, que existe há mais de 50 anos e é um dos que mais cresce em toda a Europa e nos Estados Unidos. O procedimento é totalmente indolor, não oferece risco de contaminação e ainda promove a redução do ritmo de crescimento das cutículas. Como não há cortes, o sistema imunológico não é ativado. Então, é possível ver, a cada sessão, uma redução do volume desse tecido.
Quando a manicure com aparelho é associada a outras técnicas, como a de esmaltação de alta precisão, também utilizada no método russo, por exemplo, os resultados estéticos se tornam absolutamente incomparáveis. As unhas ganham acabamento perfeito, com muito mais brilho. Além disso, não há necessidade de uso de químicos para a remoção dos excessos, porque a pele ao redor das unhas não fica lambuzada com os esmaltes, o que consequentemente também evita reações alérgicas. E, como o procedimento tem durabilidade maior, as unhas naturais crescem mais fortes e mais saudáveis.
Tendo conhecimento sobre cada um dos tipos de manicure que existem atualmente, fica mais simples de escolher o procedimento mais adequado e mais seguro para você. Qual é a sua opção favorita?
*Olga Radionova é a maior autoridade no método russo original de cuidados com as unhas no Brasil, diretora da RNSA School e responsável por formar as especialistas que atuam na Bela Russa – 1ª rede de franquias de estúdios especializados no método russo original de cuidados com as unhas.
Publicada no Jornal Evolução | Maio de 2023